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Cirurgia de mielo é melhor durante a gestação, saiba por que

Procedimento de correção da mielomeningocele ou espinha bífida pode ser feito logo após o nascimento, mas cirurgia fetal é a melhor opção

novembro 8, 2019

A mielomeningocele, mais conhecida por espinha bífida ou apenas mielo, é uma malformação da medula espinhal que provoca problemas motores e neurológicos para o paciente. Seu tratamento é cirúrgico e, se feita durante a gestação, pode ter efeitos altamente benéficos para a qualidade de vida da criança. 

O neurocirurgião infantil Dr. João Ricardo Penteado, explica que a cirurgia pode ser feita tanto durante a gestação quanto logo após o nascimento. No primeiro caso, contudo, o resultado funcional para a qualidade de vida da criança tende a ser melhor. 

“A melhor forma de minimizar os efeitos da doença é através da cirurgia de correção pré-natal (cirurgia intrauterina)”

O especialista explica que as crianças submetidas a cirurgia no período gestacional terão menor dano a medula espinhal e suas limitações serão bastante amenizadas. 

“O importante é que a cirurgia fetal se constitui um procedimento seguro para mãe e para o feto, com comprovado benefício em curto e longo prazo, proporcionando melhor desempenho neurológico após o nascimento, aumentando, inclusive,  as chances de andar, e diminuindo o risco do bebê evoluir com hidrocefalia e, consequentemente, a necessidade de cirurgia para implante de dreno no cérebro”, afirma.

Até que semana da gestação pode ser feita a cirurgia de mielomeningocele?

O período ideal para fazer o procedimento no feto é até a 26ª semana de gestação. Por isso é importante que a gestante faça o pré-natal, já que é com o ultrassom realizado no segundo trimestre gestacional que é possível diagnosticar o disrafismo espinhal e, então, planejar o melhor tratamento.

Entre os principais sintomas da mielomeningocele estão as perdas motoras nos membros inferiores do bebê e dificuldade de caminhar, de conter urina e fezes. Quanto mais alta for a lesão na coluna vertebral, maiores são as chances de a criança precisar andar com auxílio de muletas ou cadeira de rodas.

Dr. João Ricardo Penteado

Neurocirurgião infantil do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e atende em seu consultório no Rio de Janeiro, no Hospital Caxias D’or e na Clínica Heads RJ (especializada em assimetrias cranianas).
Atende ainda a neurocirurgia infantil dos Hospitais Pró Criança Jutta Batista, Maternidade Perinatal Barra e Hospital Pró Cardíaco.

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