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Escala Pediátrica de Glasgow: método para salvar vidas

Método usado por médicos mede o nível de consciência de uma criança de menos de dois anos que ainda não fala, saiba mais sobre ele

dezembro 5, 2019

Você sabe como médicos medem o nível de consciência de uma criança que ainda não fala (com menos de dois anos)? Eles utilizam um método que se chama Escala Pediátrica de Coma de Glasgow. Esse método é fundamental para identificar danos cerebrais em caso de traumas tanto como avaliação inicial quanto na avaliação evolutiva.

Ela é a variação da Escala de Coma de Glasgow usada em adultos adaptada a avaliação de componentes próprios de crianças dessa idade. Como a escala usada em adultos, ela varia de 3 a 15, com elementos como abertura de olhos, resposta verbal e resposta motora. Qualquer resultado menor que 15 requer monitoramento.

Por exemplo, no caso da abertura ocular, o médico avalia se o paciente se mantém com olhos abertos espontaneamente,ao chamado, por estímulos de dor ou se não abre os olhos. No caso da resposta verbal, o profissional avalia se a criança balbucia, chora ou emite algum gemido. E no aspecto motor são avaliados aspectos como resposta motora ao chamado e à dor.

Médicos devem usar essa escala em crianças menores do que dois anos justamente porque alguns elementos da escala padrão não podem ser avaliados em crianças nessa idade.

Acesse a calculadora da Escala Pediátrica de Coma de Glasgow

A pontuação total deve ser reportada junto com as pontuações de cada um dos componentes individuais devido à diferença no valor prognóstico e nas variações dos componentes individuais versus a pontuação somada.

Além disso, é importante ter em mente que a medição deve ser feita antes de administrar qualquer tipo de medicação ou realizar alguma intervenção.

Vale lembrar que esse método é um pouco menos preciso na identificação de pacientes com lesão cerebral comparada à escala padrão de coma em crianças mais velhas.

A calculadora pode ser usada aqui.

Dr. João Ricardo Penteado

Neurocirurgião infantil do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e atende em seu consultório no Rio de Janeiro, no Hospital Caxias D’or e na Clínica Heads RJ (especializada em assimetrias cranianas).
Atende ainda a neurocirurgia infantil dos Hospitais Pró Criança Jutta Batista, Maternidade Perinatal Barra e Hospital Pró Cardíaco.

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